sábado, 7 de maio de 2011

Linhas invisíveis




















     Já faz um tempinho que não escrevo, e isso estava me matando, meus dias se resumem num labirinto sem saída onde eu msm já não me encontro, eles terminam como começam sem perspectiva de algo melhor, minha mãe me chamou pra ir no supermercado com ela, mas qd me recusei dizendo que não, ouvi uma enxurrada de coisas tipo: não te entendo se Você sai quer ir sozinha, se quer ficar em casa quer ficar no quarto com as portas fechadas, o fato é que me dou bem com a solidão, minha própria companhia me permite  me martirizar e me culpar de coisas que faço que me tornam uma pessoa ruim, assim que ela saiu fui sentar na calçada la fora, o céu exibia poucas nuvens, numa linha fina que ia se dissolvendo conforme o vento, senti inveja elas desapareciam uma coisa que não sou capaz de fazer, sumir de tudo de todos, como fumaça, deixei vir em palavras tudo que se passava na minha cabeça sem maquiar meus defeitos deixei vir a tona todos os fatores fracos que me rodeavam, conseqüências de minhas próprias atitudes, não existe ninguém que eu possa jogar a culpa,, nós escolhemos fazer coisas boas ou coisas ruins, essas escolhas trás suas resultados. Qd percebi que mãe estava pra chegar, entrei tomei meu banho e fui pro quarto,, tranquei a porta e fui ler, to terminando a saga crepúsculo pela quarta vez, e ela ja grita, : não sei o a L* vê nessas porcarias, so sabe ler, ler, uma invocação com livro. incrível mas ela diz isso msm, tantas mães gostariam que seus filhos lessem mais, ha!!!! eu não aguento aumento o volume do radio-relógio, e deito no chão frio perto da janela, assim posso sentir o vento entrar pela janela balançando os babados da minha cortina, ja não choro mais, so sinto um peso dentro de mim, como se a cada respiração ficasse mais nítido o vazio e a sensação de sufoco, coisas que vão e vem, sentimentos que eu jurei estarem mortos me mostram o qt eu estava errada, não existe um passado, não existe presente vivo num meio termo onde a tristeza me acompanha como o ar que respiro, ela grita de novo mandando abrir a porta, uma verdade: ja não suporto mais ouvir a voz da minha mãe, ela insiste em jogar meus erros na minha cara e depois diz que é pra eu não fazer de novo, acendo um cigarro, e por um momento esqueço que to viva.
  Cortei o cabelo curtíssimo, pintei de vermelho de novo, talvez seja por isso que ela me odeie, diz q cabelo vermelho não existe que é feio, e blablablabla, me pergunta sempre pq não sou como minhas irmãs, talvez meu problema seja minha mãe afinal, (rsrrsrsr) mas acredito que não msm se ela sumisse meus problemas e minhas confusões ainda iam estar aqui, então so me resta ir pro quarto e me trancar, não quero me achar não quero pessoas moralistas me dizendo o que devo fazer, me deixem afogar dentro de mim msm remoer tudo que anseio sem nenhuma garantia que as coisas vão melhorar, não sou pessimista, sou realista, é ou não é, meu cigarro acabou, e sinto sede! levanto do chão e vo pegar uma garrafa de agua e trazer pro quarto aproveitar que ela ta no banho, me tranco de novo, essa noite vai ser longa, "ainda bem" tudo fica em silencio ninguem fala nada, respiro aliviada e bebo mais agua, essa noite tudo vai ficar bem. essa noite pelo menos...


4 comentários:

  1. Amei o post, pode ter passado muito tempo sem
    postar, mas voltou inspirada!
    Me identifico muito com o seu jeito de ser, e com a implicância de mãe! Sei bem como é!
    Estou aqui, se precisar.
    Beijos e força!

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  2. flor estava com saudades sua,o post pra mim foi mais que um desabafo foi uma história que eu consegue reepensar,boas vindas,espero que de tudo certo,beijo

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  3. Olá. Lindíssimo blog... me identifiquei com mtas coisas q vc escreveu. Parece comigo qdo adolescente. Sei como é se sentir sufocada sem escrever, parece q é a única coisa q nos faz desabafar bem. Também é horrível pensar q as coisas podem não melhorar, ou pior ainda, q as coisas podem mudar para melhor e isso ñ ser o bastante para nos sentirmos satisfeitas. Tbm sou uma solitária natural, no entanto hoje tento superar isso e me integrar mais, conversar mais, me enturmar com as pessoas... Mas tente não se martirizar tanto, tente olhar as suas próprias coisas boas...
    Meus pais são uns semi-analfabetos d m* q tbm acham q eu ñ deveria ler tanto, mas agora passei numa boa universidade e eles vivem dizendo aos vizinhos parentes e amigos q se orgulham d ter uma filha inteligente e blablablá, mas para mim só críticas nem um "parabéns filha", af hipócritas
    Qdo a gente chega no ponto em q nem chorar ñ dá mais parece q é pior né...?
    Bem sobre o restante do seu post nem vou falar nada, só q me identifico tbm, pq afinal este comentário já está mto longo
    beijos e melhoras

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  4. Gatonaa...sei bem o ke é ter uma mae mala...sei bem o ke é ter duvidas e te digo: vc é unica, nunca se eskeça disso! vc e especial p mt gente...p gente deste mundinho aki, p seus amigos...então..nunca deixem q te diminuam..mesmo! pq nos te amamos e queremos ver sempre seu melhor exposto!! força linda!!!

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;p borboletas seu apoio é importante pra mim..
deixem seu recadinho que retribuirei assim que visualizar...
bjusbjusbjus...